Quando você ouve a palavra projeto de interiores, o que vem à sua mente?
Uma marcenaria planejada bonita e funcional? Decorações?
O projeto de interiores vai muito além disso. Ele é o desenvolvimento de um estudo detalhado de tudo o que compõe o ambiente interno, seja em uma casa, apartamento ou comércio.
O primeiro passo é o desenvolvimento do layout, que organiza a setorização e garante um fluxo de circulação adequado. Dentro de um mesmo espaço, são criados mini layouts que se conectam ao todo. Um exemplo clássico é a cozinha, onde costuma-se adotar o triângulo de trabalho entre geladeira, fogão e pia, criando praticidade e funcionalidade para o usuário.
Na sala de estar, por exemplo, o mini layout considera a distância entre sofá e TV, o posicionamento correto das poltronas e as medidas ideais do tapete.

É importante destacar que um projeto de interiores não depende necessariamente da existência de móveis planejados ou marcenaria. Em geral, eles são mais necessários em ambientes como cozinhas, lavanderias e closets. Já em outros espaços, muitas vezes é possível trabalhar apenas com móveis soltos. Mas isso não é regra — depende muito do estilo a ser seguido.
E por falar em estilo: quem define o estilo do projeto de interiores, o arquiteto ou o cliente? Há divergências quanto a isso. Particularmente, defendo que o projeto arquitetônico influencia diretamente no estilo do interior. Se a arquitetura da casa ou do edifício tem uma linguagem mais industrial, por exemplo, é interessante que o interior dialogue com essa estética. Já em projetos de linhas clássicas, manter o mesmo estilo traz mais harmonia.

Após a definição do estilo e do layout, cada escolha é feita de forma individual. Um bom exemplo é o projeto de iluminação: ele é desenvolvido pensando tanto na funcionalidade quanto na estética. A iluminação pode destacar pontos importantes, criar diferentes cenas, valorizar revestimentos e gerar conforto, sempre baseada em cálculos, normas técnicas e, claro, no gosto do cliente.
No projeto de interiores, são escolhidas todas as camadas do ambiente: acabamentos, revestimentos, louças, metais, eletrodomésticos, papéis de parede, tintas, cortinas, tapetes, almofadas, plantas, objetos decorativos e muito mais.

Uma pergunta comum é: quanto custa um projeto de interiores?
Muitos não sabem, mas ele tem também a função de gerar economia. Isso porque evita compras por impulso, escolhas equivocadas e desperdícios, seja em revestimentos, tecidos ou mobiliário.
Um exemplo prático: com um projeto de paginação de revestimentos, é possível saber exatamente a quantidade necessária e a forma correta de aplicação, evitando sobras e gastos extras. Além disso, o projeto ajuda a organizar o orçamento, priorizando alguns itens e economizando em outros. Exemplo: investir em uma boa marcenaria e optar por papéis de parede mais acessíveis; ou ainda escolher maçanetas de alta qualidade e economizar em tapetes. Dessa forma, cada decisão é feita com inteligência, sempre preservando a estética, o orçamento e a funcionalidade.
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